“...e
alguém pode querer me assassinar...”
POR M. LINO
A
população de Óbidos tem oportunidade de fazer história a partir desta eleição
(outubro 2012). Eleger um representante comprometido com a coisa pública e
disposto a conduzir seu mandato em consonância com os anseios populares, onde a
participação do povo não seja apenas marketing político, mas a principal
característica do governo, pois é esta mesma população que elege e que, no
final das contas, paga o salário dos administradores, secretários, assessores,
etc.
Portanto,
o cidadão obidense merece opções melhores de escolha do que os pré-candidatos
ora apontados nas “prévias” eleitorais em Óbidos.
Analisemos
o seguinte contexto: a atual situação do município, mergulhado em décadas de
atraso, requer um prefeito com vontade política, capaz de preparar as bases
para que o município volte a crescer.
O
“ressurgir das cinzas”, primeiramente, passa pela moralidade nos atos
administrativos e visão empreendedora, por parte do gestor e sua equipe
técnica, para explorar o potencial econômico da região. O administrador público
tem que pensar prioritariamente no desenvolvimento do município e agir, fazer
acontecer.
E o
mais importante, precisa urgente implantar politicas públicas permanentes
capazes de viabilizar o crescimento de áreas que possam absorver as hordas de
jovens (e adultos) que sobrevivem do subemprego ou com o auxílio da renda da Bolsa-família
ou de sugar o resíduo da aposentadoria dos pobres velhos. Por exemplo, projetos
de saneamento e habitação em consorcio com outros prefeitos, prática que tem se
mostrado eficiente em estimular ciclos de geração de emprego e renda com
circulação de riqueza e estimulo a cadeia produtiva da construção civil.
De
nada vale o apoio à candidatura de fulano ou cicrano, de um renque de políticos
(muitos dos quais se posicionaram contra nossa emancipação) e promessas de
campanha das mais absurdas, se o tal candidato não tem compromisso com o bem
estar do povo mais humilde.
De
nada vale o diploma mais avultado ou a posse do maior patrimônio (aliás, de
políticos com esse perfil é que o eleitor obidense deve ter cuidado) se o
sujeito não seguirá os preceitos da Lei Orgânica de Óbidos:
Art.
78 – [...].
§ 1º
“[...] FAZER OBSERVAR AS LEIS, PROMOVER
O BEM GERAL DO POVO OBIDENSE, DESEMPENHAR LEAL E HONESTAMENTE O MANDATO
[...] COM O OBJETIVO DE CONSTRUIR UMA
SOCIEDADE LIVRE, JUSTA E SOLIDÁRIA.”
Na
corrida pela sucessão do atual prefeito apresentam-se candidatos com as mais diversas
pretensões. Agrupam-se em duas facções: 1) os que já tiveram oportunidade de
mudar os rumos da política obidense e cruzaram os braços (políticos sem
personalidade), 2) e os que esperam “uma chance” (como implorava um “certo”
candidato, na campanha eleitoral passada) para transformarem (como num passe de
mágica) todos os problemas da cidade em soluções brilhantes (a estes está
reservado o mármore do inferno). É notório que não precisamos de um “salvador
da pátria”, pois a experiência recente mostrou-se desastrosa em nosso
município. Não existe milagre na política, o que resolve é competência e trabalho.
Ao que parece, o candidato com perfil
para conduzir a administração pública pelos próximos quatro anos, ainda não se
apresentou ao eleitorado obidense ou, ainda não foi “fabricado”.
A
cidade viveu a década da estagnação. Notamos isto ao visitarmos as cidades
vizinhas e comparamos a estrutura que estas possuem atualmente e a que possuíam
há dez anos. Percebemos o quanto Óbidos parou no tempo. A periferia do
município é o retrato da falta de infraestrutura e saneamento básico. Muitas
vilas do interior possuem qualidade de vida superior a de bairros afastados do
centro da cidade.
Somente
“vontade” e idealismo não muda a situação do município.
O QUE É NECESSÁRIO
AOS CANDIDATOS A MUDAR A POLÍTICA EM ÓBIDOS:
1. O
cidadão precisa ter Deus no coração e bastante coragem de, se for preciso, cortar
a própria carne, e estar comprometido com a causa pública, saber que, por esse
posicionamento será muito (mas muito) perseguido (deveras caçado), pois as
hienas da velha política não descansarão enquanto não se banquetearem com a narte
a que estão acostumados a abocanhar.
2. Entrará
numa guerra, uma verdadeira cruzada para destronar a corrupção imperante nos
meios políticos, responsável por emperrar e minar qualquer possibilidade de
crescimento do município há, pelo menos, dois lustros (passados e) futuros.
3. Mudar
a política em Óbidos é uma viagem que pode não ter volta.
Os ares
dos bastidores da sucessão a prefeito anda tão pesado (exala semelhante pólvora
e enxofre) que parece bem oportuno para a ocasião o trecho da música do saudoso
Raul Seixas:
Alguém se habilita?
M. Lino, diante da sua postagem é importante ressaltar sobre a reflexão que os eleitores de fazer, pois urge a necessidade de mudança da conceito de política que o povo ainda faz, sem dúvida somos nós (eleitores) responsáveis pelos escandalosos casos de corrupção. Parabéns pela sua postagem, e como sugestão deveria lançar um outro desafio o combate a corrupção e a compra de votos.
ResponderExcluirexcelente postagem e excelente sugestão, sou professor em Ananindeua e tenho usado seus textos em minhas aulas, pois alem de reflexões pertinentes tú escreves muito bem, sugiro que o site entreviste os candidatos a prefeito de Óbidos. como posso divulgar este excelente site?
ResponderExcluirinteressante, seria legal uma materia depois da definição dos candidatos e das coligações, pois vai ter mistura de cruz credo com a mãe do sarampo tudo para enrolar a nós os trouxas eleitores.
ResponderExcluir